18 dias

Pedro veio ao mundo há 18 dias e já deixou minha vida bagunçada. Ainda consigo manter os meus princípios de organização e controle, mas todos no mínimo do mínimo. Sonho com um sono de 4 horas seguidas. NO dia anterior me pergunto como vou sobreviver ao seguinte e no seguinte vou levando, a cada dia com mais jogo de cintura. Sonho com o dia em que ele fará 3 meses e que a mágica de "tudo vai melhorar" se faça. 

|Mente quem diz que o amor materno vem instantaneamente. Ele é construído a cada momento. Mas é forte e vai tomando todo o seu ser. 

Quanto aos gatos, tudo em paz. Eles nao ligam para o bebê, sentem a minha falta. A cada dia consigo me dedicar mais a eles também. Para quem acredita que o gato é um substituto temporário para quando não se tem filhos, agora com meu filhote pendurado em mim neste momento (dentro do sling, que é onde ele para de chorar todas as manhãs), eu afirmo: não são os gatos que precisam do meu colo nesse momento. Sou eu que preciso deixar o Pedro com o pai pelo menos umas 2 horas por dia e ir pro colo dos meus amados gatos, que nada de mim exigem além de proximidade física. AMo meu filho, mas continuo amando meus gatos tanto ou até mais do que antes. Esse tipo de amor não se compara, é uma injustiça e leviandade cruel das pessoas.

O sumiço

P. está pra nascer a qualquer momento. Hoje eu senti a "virada da maré", tudo mudou no meu corpo. Vamos ver. De qualquer forma as 2 últimas semanas foram intensas, por isso o sumiço, mas vou postar mais aqui esses dias. A não ser que ele resolva vir ao mundo essa madrugada que é mudança de lua... medo.

Mãe de menino

Eu tenho 7 gatos. Deles, apenas uma é duplo X. Eu tenho dois irmãos. Durante muito tempo a maior parte dos meus amigos foi composta apenas por homens. Sou doida por futebol. Como foi que eu pensei que teria uma filha? Lá vem mais um ser do sexo masculino para o meu harém. Acho que vai ser divertido.

Como viver e não apenas sobreviver

Adoro esse livro. Comprei antes de engravidar e já reli umas 3 vezes. Estava relendo um pedaço agorinha. É tudo que eu quero para o P: criá-lo com atenção, cuidado, carinho, mas sem frescura. É um ser humano, precisa ir para o chão, precisa aprender a ver as pessoas, a conhecer o mundo.
Tive uma fase na gravidez de "não quero ajuda de ninguém". Agora que a hora de ele vir ao mundo está chegando eu troquei para "quero toda a ajuda possível e impossível". Colos de amigos e parentes são bem-vindos. Pessoas dispostas a ficar umas horas com ele enquanto eu volto à vida, idem. Brinquedinhos que distraem, digam amém! Sling e wrap slings serão tentandos à exaustão. Acho que ainda vou investir também em um canguru. Meu sonho é um bebê móvel, adaptado ao mundo e não um mundo adaptado a ele. A ver se dará certo, mas uma vozinha interior me diz que vai dar sim.

Os sete gatinhos

Melancia

Mina

Diego

Bolívio

Frodo

Leo

Wes

36 semanas

P vem aí. 36 semanas e 3 dias e me pergunta cada vez mais o que vai mudar, como vai ser a convivência com os gatos, como vai ser a minha vida. Mas há de ser boa, tem que haver um lado bom embora os outros pais e mães curtam muito assombram pais frescos dizendo que a vida vai acabar. Veremos nos próximos capítulos.